Deni Zolin

Arrecadação em Santa Maria cai 1,8% de março para abril, mas está 16% maior no acumulado do ano

Nem mesmo a flexibilização de algumas atividades econômicas em abril resultou em aumento da arrecadação de ICMS sobre março em Santa Maria - o indicador mede as vendas de vários setores na cidade, sendo que oito deles tiveram queda de arrecadação em relação a março deste ano, e apenas quatro registraram alta. No acumulado de todas as áreas, houve queda de 1,8%. Os dados foram obtidos com exclusividade junto à Receita Estadual.

De março para abril de 2021, os setores com maiores quedas foram eletrônicos e produtos médicos e farmacêuticos, com redução de 30%, seguido por calçados (-21%) e agronegócio (-10%). A alta mais expressiva foi do setor metalmecânico, com 29%, seguido por veículos (15%), bebidas (10%) e transportes (5%).

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Já na comparação de abril de 2021 com abril do ano passado, quando a pandemia estava começando e teve forte impacto com o fechamento de vários setores econômicos, o crescimento das vendas em Santa Maria é expressivo, ficando em 44,9%. O setor metalmecânico é o que teve o maior boom, com crescimento de 535% sobre abril de 2020, mas quase todos os demais também registraram aumento (veja quadro abaixo).

No total do primeiro quadrimestre deste ano, a Receita Estadual arrecadou R$ 78,0 milhões em Santa Maria, um número 16,4% superior aos R$ 71,3 milhões de janeiro a abril de 2020. Isso indica que, apesar da situação ainda delicada para boa parte das empresas, alguns setores seguem tendo bons resultados no acumulado dos primeiros quatro meses do ano - claro que é preciso levar em conta que esse crescimento é sobre uma base fraca, do resultado bem fraca das vendas e da arrecadação de março e abril de 2020. Outro fator que pode ter influenciado um pouco é que, em março, houve a arrecadação de impostos que estavam atrasados em alguns setores.

No acumulado de janeiro a abril, o setor metalmecânico tem o melhor resultado, com aumento de 198%, seguido por veículos (109%) e supermercados (42%). Os setores de calçados (-18%) e transportes (-41%) têm as piores quedas neste ano, na comparação com os primeiros quatro meses de 2020.

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